Teatro no domicílio


Planaltina tem doze companhias teatrais consolidadas e outras tantas que aparecem, somem e depois aparecem de novo, por isso não constam nas estatísticas. Ninguém sabe ao certo se foi o sucesso da Via Sacra que impulsionou o crescimento do teatro local ou o contrário. O mais provável, dizem, é que as duas hipóteses façam sentido.

Mesmo assim, a cidade não tem uma sala própria para apresentações. As peças são encenadas em palcos improvisados e que em nada contribuem para o espetáculo, quando não atrapalham.  

Diante desse dilema, o ator e diretor Preto Rezende, uma das referências artísticas em Planaltina, teve uma ideia. Resolveu montar um mini-teatro dentro de casa. A arena, com lugar para 42 pessoas, já serve de espaço para ensaio da companhia que o Preto dirige, a “Senta que o leão é manso”. Em agosto, vai estar pronta para receber o público.

Com a construção do mini-teatro, Preto, além de presentear Planaltina, está também cumprindo a vontade do pai, que, falecido há 21 anos, tinha reservado aquela parte da casa para que o filho erguesse um espaço onde pudesse exercitar as artes cênicas.

Temos observado esse fenômeno em Planaltina: às vezes é difícil saber onde termina a história das pessoas e começa a da cidade, de tanto que elas estão entrelaçadas.

  

O diretor Pedro Rezende sente-se em casa no mini-teatro de Planaltina.

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Peixe grande


Durante um passeio pela zona rural de Planaltina, a maior do DF, nossa equipe topou com esta árvore:

Nossa árvore

Logo percebemos que não era uma árvore qualquer, muito pelo contrário. Tratava-se de uma espécie rigorosamente igual à que aparece no cartaz de divulgação de Peixe Grande, candidato ao Oscar de melhor filme em 2004. Vejam bem:

Árvore do filme

Poderia ser apenas uma coincidência, mas não foi. Minutos mais tarde, a repórter da equipe decidiu pescar o nosso almoço. O resultado vocês veem abaixo.  Ficou claro que desde o início a árvore quis passar um recado sobre o tamanho do nosso sucesso na pescaria.

Onde fica o zoom no teclado?

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Alimento para a alma e para o corpo


No Domingo de Ramos, Planaltina não amanhece como em um dia comum. As ruas se enchem, desde cedo, de uma expectativa que anuncia grandes acontecimentos. E ela não demora para ser correspondida.

Começa com uma missa na praça da Matriz. Nossa equipe estava esperando o repicar dos sinos, como se veem nos filmes, mas descobrimos que, na Quaresma, as igrejas não dão uma badalada sequer. Primeira lição do dia.  Gente de toda parte da cidade aparece com um ramo ou galho qualquer na mão para participar das celebrações. Não sobra espaço na igreja.

Mas o ponto alto é, sem dúvida, a procissão organizada pelo grupo que encena a Via Sacra no Morro da Capelinha. Mais de 300 pessoas percorrem dez quilômetros por toda Planaltina representando o dia em que Jesus chegou a Jerusalém, às vésperas da crucificação.

No final da procissão, já à noite, é realizada uma missa aberta ao lado da administração da cidade. Depois, o grupo da Via Sacra encerra, com uma encenação no palco, os festejos do Domingo de Ramos.

Saulo interpreta Jesus há nove anos e sente a mesma emoção todas as vezes

Isso já era o bastante para comprovarmos que em Planaltina as pessoas são bastante apegadas à fé. Mas o lado espiritual não se manifesta apenas dentro do catolicismo. Nossa equipe foi ao Vale do Amanhecer para saber um pouco mais da doutrina criada pela Tia Neiva na região há mais de 40 anos e que hoje tem milhares de adeptos no Vale e no mundo.

Talvez, a única maneira de realmente entender o que se passa no Vale é ir lá pessoalmente. Qualquer outra alternativa não daria a impressão exata do universo completamente diferente que foi criado entre aqueles morros. O mais bonito é ver que, mesmo os moradores que não fazem parte da doutrina, convivem harmoniosamente e respeitam sem restrições os rituais praticados ali ao longo do dia inteiro.

Vestidas de prisioneiras, essas mulheres precisam encher um caderno com assinaturas para se libertarem de espíritos indesejáveis, de acordo com a doutrina do Vale do Amanhecer

Entre as duas experiências religiosas, cientes de que o alimento da alma já estava garantido, fomos dar comida ao corpo. O almoço de domingo foi na casa de nossos anfitriões aqui em Planaltina.

No gramado em frente à casa da matriarca Dona Raimunda, no Jardim Roriz, a família monta a churrasqueira e passa a tarde inteira rindo e colocando a conversa em dia

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Sincretismo faz parte do cotidiano dos planaltinenses


Para os católicos, a encenação da Via Sacra no Morro da Capelinha é uma das datas mais importantes do calendário religioso – e os envagélicos também comemoram com fervor a Páscoa. Mas Planaltina abriga também adeptos da doutrina da Tia Neiva, nascida do Vale do Amanhecer.

Quer saber mais sobre as fortes influências religiosas na cidade?

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Comemorações da Páscoa em Planaltina


Além da encenação da Via Sacra, o grupo que organiza o espetáculo prepara uma série de atrações para a comunidade antes e depois da Páscoa.

Confira a programação:

16.04 – Sábado de louvor no estacionamento do salão de múltiplas funções, que fica perto da rodoviária de Planaltina. Os shows começam às 18h.

17.04 – Procissão de Ramos que sai da Igreja São Leonardo às 16h.

21.04 – Missa e encenação da Santa Ceia no estacionamento do salão de múltiplas funções, que fica perto da rodoviária. A partir das 20h.

22.04 – Encenação da Via Sacra no Morro da Capelinha

23.04 – Via Sacra das crianças, realizada no estacionamento do salão de múltiplas funções, que fica perto da rodoviária. A partir das 15h.

24.04 – Páscoa e dia de louvor com shows no estacionamento do salão de múltiplas funções, que fica perto da rodoviária. A partir das 17h.

Mais informações pelo telefone: 3389-3095

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Cavaleiros e amazonas por uma noite


Junto com o pessoal da cavalgada Minas-Brasília, nossa equipe teve uma noite típica de cavaleiros

 

Aqui em Planaltina, por conta da influência da zona rural, são organizadas várias cavalgadas ao longo do ano todo, algumas para comemorar uma data festiva, outras por motivos religiosos, muitas apenas pelo prazer de sair montado pela estrada. “A paixão pelo cavalo está no sangue da gente”, nos disse uma planaltinense.

Pudemos comprovar um pouco disso na noite de sábado, quando fomos convidados para uma fazenda onde cerca de 30 cavaleiros iriam “pousar”, como eles falam. A cavalgada começou há duas semanas, em Cabeceiras, Minas Gerais, e vai terminar dia 21 em Brasília. É uma homenagem ao aniversário da capital e também uma maneira de ressaltar os laços do DF com Minas. Não por acaso, Cabeceiras é a única cidade mineira que faz divisa com o Distrito Federal.    

Os cavaleiros dormem cada noite em uma fazenda no meio do caminho. O dono oferece, além do teto, comida, bebida, pasto para os cavalos e, quase sempre, uma festa para celebrar a passagem da tropa. No dia seguinte, a marcha segue, engrossada por novos viajantes que vão se juntando a ela no trajeto.

Os organizadores da cavalgada Minas-Brasília fazem questão de incluir Planaltina no roteiro, porque , segundo dizem, nenhuma outra cidade do DF combina tanto com o espírito do evento. Foi uma sorte nossa tê-los encontrado. Por algumas horas, vivemos um pouco da experiência de ser cavaleiros e amazonas. Jantamos com eles, ouvimos as histórias, participamos dos festejos e no final fomos embora. De carro.

A estrada espera. Assim que nasce o dia, começam os preparativos para retomar a viagem.

 

A jovem cadela Chiquinha se enamora de nosso microfone e é correspondida

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Quem é o responsável pelo flash?


Vista da estação ecológica de Águas Emendadas.Perceba o flash.

Logo que chegamos em Planaltina, percebemos que ela tem uma íntima relação com a natureza. A cidade é toda rodeada por matas e fazendas, morros e vales. Os moradores, certamente inspirados pela paisagem que os cercam, tentam reproduzir um pouco dela nos jardins das casas. Essa vocação é histórica:  no plano original do DF, aqui era para ser uma espécie de cinturão verde da capital, onde ficariam as áreas rurais e de cerrado nativo.

Então fomos à Estação Ecológica Águas Emendadas, a mais importante unidade de preservação em Pla naltina. Lá nascem os rios Tocantins e Paraná,vivem cerca de 300 espécies de pássaros e tantos outros animais da fauna brasileira, como capivaras, antas e onças (não topamos com nenhuma).

Deslumbrados com a vastidão do cerrado, resolvemos tirar uma foto. Na hora que fui apertar o botão da máquina, alguém, no céu, disparou um flash. Dá pra ver  no canto esquerdo da imagem, o raio de luz vai das nuvens até perto da lagoa. Quem foi, ainda não dá para saber, mas que ajudou na foto,  isso temos que reconhecer.

Toda a beleza iluminada pelo flash misterioso é preservada com ajuda do grupo Maria Faceira, que atua na estação ecológica. São mulheres de Planaltina que reciclam faixas de propaganda acumuladas como lixo nas ruas da cidade e as transformam em bolsas  ecológicas. Assim, elas evitam que a sujeira caia nos córregos ou nas matas.  Tínhamos que tirar foto delas, claro. Mas, desta vez, ninguém apertou flash e faltou luz. A imagem ficou sombreada demais e não deu para publicar. Quem, afinal, é o responsável pelo flash nas fotos?  De qualquer modo, fica a homenagem ao trabalho do projeto Maria Faceira. Para falar com as organizadoras e conhecer mais do trabalho delas, basta procurar em um destes canais:

Maria Faceira grupo de proteção ao cerrado: 3488-6159

www.aguasemendadas.com

esec.aguasemendadas@gmail.com

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Planaltina que te quero verde


Além de ser uma cidade referência quando se pensa na história do Distrito Federal, Planaltina também é referência em preservação do meio ambiente. Além dos nove parques ecológicos (que você pode saber onde ficam no post abaixo), a cidade é repleta de árvores.

Saiba como essa forte presença da natureza afeta a rotina dos moradores.

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Crepúsculo no mato (pequeno guia dos parques de Planaltina)


O fim do dia da equipe da RM nessa sexta-feira foi no Parque dos Pequizeiros

Outro dia chega ao fim. Se você está em uma cidade sem muitas matas e morros e onde o céu disputa espaço com o topo dos prédios , talvez não tenha a oportunidade de se despedir do sol com um cenário desses.

Felizmente não é o caso de Planaltina. A cidade mais verde do DF tem nove parques ecológicos a poucos quilômetros do centro. Curioso é que a própria população daqui não tem ideia da quantidade de áreas de natureza preservada à disposição, nem sabe muito bem onde elas ficam.

Nessa sexta-feira (15), nossa equipe passou o fim de tarde no Parque dos Pequizeiros.  Era o horário dos mosquitos, mas isso não foi problema, porque a gente entende que uma aventura no mato não pode passar sem eles.

Esta é a lista dos parques de Planaltina e onde ficam:

Parque dos Pequizeiros: em frente à  entrada do Vale do Amanhecer

Parque  Vale do Amanhecer: ao lado do próprio Vale

Parque do DER: às margens da 020, atrás do DER

Parque da Lagoa Joaquim de Freitas: às margens DF 235, atrás da escola agrícola

Parque do Retirinho: às margens da pista sul da BR 020, 2 km antes de Planaltina

Parque Sucupira: ao lado do campus da UnB

Parque da Escola Agrícola

Parque Cachoeira do Pipiripau: ao lado do Parque dos Pequizeiros

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Planaltina: quase 152 anos de história


A área onde hoje está situada Planaltina foi povoada muito antes da criação oficial de Brasília, em 1960. Ainda no século XVIII, expedições em busca de ouro foram responsáveis pela migração de pessoas para a região, que era chamada de povoado Mestre D’armas e que, posteriormente, foi anexada como território de Formosa. Não existem registros oficiais sobre a fundação da cidade. Por convenção, o aniversário de Planaltina é comemorado em 19 de agosto.

A pedra fundamental de Planaltina *Imagens do Site do GDF

Em 1955, uma comissão chefiada por Marechal José Pessoa Cavalcante delimitou a área em que seria instalada a nova capital do país. O quadrilátero do Distrito Federal foi definido com uma área de 5.814 quilômetros quadrados e se sobrepôs a três municípios goianos, um dos quais compreendia a área em que hoje está Planaltina, que teve seu território dividido em duas partes. As terras que ficaram de fora do DF hoje são conhecidas como Planaltina de Goiás ou Brasilinha.

Essa divisão oficial ganhou contornos pouco definidos na prática – e inúmeros habitantes da Planaltina goiana procuram emprego e acesso à saúde e educação na Planaltina brasiliense. A fraca sintonia entre o GDF e os administradores goianos nos últimos anos explica, em parte, os problemas que enfrentam os moradores das duas Planaltinas: falta de infraestrutura, insegurança, transporte público precário e o péssimo serviço oferecido pela rede pública de saúde – onde a espera por atendimento pode chegar até 12 horas.

Para além dos problemas, os moradores de Planaltina têm muito orgulho de viver em uma cidade repleta de tradição e de histórias para contar. A Via Sacra, encenada desde de 1973 no Morro da Capelinha, é uma das maiores festas religiosas do DF, reunindo todos os anos milhares de pessoas.

Planaltina conta ainda com diversos pontos turísticos, como o Morro do Centenário (onde estão localizados o marco da mudança da capital, a pedra fundamental, e o centro geodésico do Brasil), a Estação Ecológica de Águas Emendadas; a Barragem do Pipiripau; a Lagoa Bonita (localizada na estação ecológica Águas Emendadas); o Vale do Amanhecer; o Museu Histórico e Artístico de Planaltina (tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), entre outros.

Museu Histórico de Planaltina *Imagem do Site do GDF

Igreja de São Sebastião *Imagem do Site do GDF

E é nessa cidade com mais de 150 anos de história que a Redação Móvel vai morar na próxima semana. O que você acha que a equipe da RM deve conhecer em Planaltina? Deixe sua sugestão abaixo!

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