Planaltina tem doze companhias teatrais consolidadas e outras tantas que aparecem, somem e depois aparecem de novo, por isso não constam nas estatísticas. Ninguém sabe ao certo se foi o sucesso da Via Sacra que impulsionou o crescimento do teatro local ou o contrário. O mais provável, dizem, é que as duas hipóteses façam sentido.
Mesmo assim, a cidade não tem uma sala própria para apresentações. As peças são encenadas em palcos improvisados e que em nada contribuem para o espetáculo, quando não atrapalham.
Diante desse dilema, o ator e diretor Preto Rezende, uma das referências artísticas em Planaltina, teve uma ideia. Resolveu montar um mini-teatro dentro de casa. A arena, com lugar para 42 pessoas, já serve de espaço para ensaio da companhia que o Preto dirige, a “Senta que o leão é manso”. Em agosto, vai estar pronta para receber o público.
Com a construção do mini-teatro, Preto, além de presentear Planaltina, está também cumprindo a vontade do pai, que, falecido há 21 anos, tinha reservado aquela parte da casa para que o filho erguesse um espaço onde pudesse exercitar as artes cênicas.
Temos observado esse fenômeno em Planaltina: às vezes é difícil saber onde termina a história das pessoas e começa a da cidade, de tanto que elas estão entrelaçadas.